17/06/2012

Sentido de fazer algo.


A vida só tem mais sentido quando a gente faz algo para alguém! O ato de arrumar, limpar, encerar, deixar tudo cheiroso e organizado só ganha mais sentido se estiver sendo feito para uma pessoa ou várias. Alguém pode vir com alguma linda teoria de que devemos fazer para “nós” e não esperar reconhecimento algum, mas não falo disso, falo do ato mesmo de fazer e deixar tudo pronto para que outras possam utilizar aquilo como fonte de prazer, ou até eu mesma o faça.

Mas certamente é um grande prazer poder proporcionar o melhor para quem amamos, quem convive conosco ou simplesmente para alguém que possa vir, seja uma amiga, um vizinho, podemos nos sentar e oferecer um bom papo, uma pipoca com filme, uma rodada de jogo, ou simplesmente um copo de café. Mas o momento que eu termino a arrumação e olho tudo confortável, fico muito feliz. Tomo meu banho, relaxo, como um lanche e vejo TV, ou venho para o computador.

Apesar de eu ter vivido muitos anos da minha vida sozinha, sempre fiz da mesma forma, com prazer, apesar de não suportar faxina, é uma coisa que me deixa esgotada e com dores horríveis nas costas, mas depois compensa pelo resultado, assim vou vivendo e me perguntando qual sentido da vida? Apesar de ter feito um estudo por treze anos sobre esoterismo e ter descoberto muita coisa interessante sobre isso, eu ainda me pergunto, sei bem qual sentido dela, mas na maioria das vezes esqueço.

No final das contas acabo sempre me vendo sozinha, apesar de ter minha neta junto, ela sempre está na rua com amigas ou na TV e não quer falar quando esta vendo TV, ou no computador batendo papo com um novo namoradinho, no fim de todas as horas eu sempre estou só e isso é apenas mais um começo, pois ela vai sair voando não demora muito. E meu desassossego começa de novo. Uma angustia, uma dor no peito, um sentido de oco no coração. Assim vou vivendo a cada momento sabendo que a vida é eterno movimento. 


Márcia Raphael
17/06/12

04/06/2012

Egocentrismo!!!


Certos seres humanos precisam com urgência reaprender o significado de certas palavras como bom senso e educação nos relacionamentos interpessoais. Desde criança algumas mães ensinam que é falta de educação entrar na conversa de adultos, mas quando ela cresce, se acha no direito de invadir e interromper as conversas. Será que é porque já se tornou adulta também? Ou esqueceu a educação que sua mãe provavelmente deu? Talvez se  julgue mais importante que a outra pessoa que esta falando, que seu assunto é mais urgente ou mais relevante que o do outro.

Eu aprendi desde criança que deveria esperar o outro terminar o assunto para eu entrar na conversa, ou pedir educadamente por licença, mas hoje presenciei uma situação tão horrível que me senti mal, fiquei envergonhada de ver como alguns seres se consideram acima de todos. Pessoas que se acham tão mais importantes que todos ao seu redor que exalam um forte fedor de egoísmo, tudo na vida dela é mais importante, é mais urgente, é mais relevante é melhor ou de maior gravidade.

Uma doença para ela é única, rara, estagio adiantado, perigoso, é sempre mais importante que a dor alheia, uma simples dor de cabeça impressiona pelo teatro apresentado, como se fosse um grande tumor em fase final, que todos ao redor têm obrigação de lhe prestar atenção, de ouvir as centenas de vezes que ela reclama, dias, semanas, meses e anos se passam e essa pessoa não se dá conta de sua situação.

É triste e doloroso ver como esse mundo se enche de seres exigindo atenção pelos males que “acham” ou “inventam” que possuem, seres cheios de egoísmos, de maldade, vazios de si mesmo, pois já foram totalmente ocupados pelos “problemas” que voam ao seu redor feito moscas sobre carne podre. Sequer conseguem ouvir o que você lhes fala, pois estão tão atentos ao seu próprio mundo que nada mais importa além de si e suas dores.

Tristes relacionamentos que elas atraem.  Pessoas que são obrigadas a conviver sofrem e se tornam iguais na busca de um pouco de sua atenção, mas assim que conseguem uma migalha logo são deixadas de lado e totalmente desprezadas por algo muito pior, seja uma nova doença, um novo problema indissolúvel ou uma mera fantasia que alguém está falando de si. E lá vai ela começar sua caminhada dolorosa de novo. Adoecendo e incomodando aqueles com quem convive no trabalho, na casa, na rua, na família, etc.

Quando presencio uma cena como a que vi hoje, me calo. Às vezes me revolto, mas me concentro em mim mesma e reflito, será que eu faço isso e quantas vezes já fiz? Reflito em mim para corrigir onde estiver meu erro, até mesmo no julgar, mas observo com tristeza o quanto os seres humanos se afastam de Deus e das coisas boas, dos ensinamentos espirituais, esotéricos, ensinamentos dos pais e como isso afeta a vida de muitas pessoas a nosso redor.

Ninguém tem o direito de cortar a conversa entre duas ou mais pessoas. O respeito é algo mágico, maravilhoso, a educação nos dá brilho, muda as cores de nossa aura, nos torna respeitáveis. Nos torna dignos. Uma pessoa que sabe esperar seu momento para entrar numa conversa é alguém raro hoje em dia. Mas o mundo acostumou ao fedor do egoísmo que isso não importa mais. Todos falam ao mesmo tempo, e pior, quando não gritam para serem ouvidos, todos querem ser a cocada preta da Bahia.

Os valores estão completamente invertidos e hoje quem grita mais é melhor, quem espera sua vez é trouxa, quem esta errado é o certo, o certo virou errado, o bajulador é bom, o sincero é mal educado. Se te batem nas costas é amigo se te falam sério é fingido, hoje ser sincero é um erro, o mundo se acostumou tanto com a mentira  e comportamentos agressivos e falsos que quem for diferente é suspeito.

 Enfim, como conviver com inversão de valores? Como se relacionar bem sem ser igual? Como se fazer presente sem precisar gritar? Como se impor e impor suas idéias sem ofender? Sem distorcerem o que você fala ou escreve? Já que o a maioria prefere o fedor do egocentrismo? Pois o que interpretam, o fazem pelos seus próprios valores invertidos, ou seja, não importa o quanto você seja sincero, honesto, correto se o os olhos que observam e julgam são purulentos. 


Márcia Raphael - 04/06/2012

02/06/2012

Saudades!!!

Flamenco Mystico


Minha gota de sangue cigano 
as vezes me prega peças! 
Me leva para um tempo que eu seguia 
sem raízes e sem pressa!

Márcia Raphael.
02/06/12

01/06/2012



O Homem que Plantava Árvores

Essa animação, baseada num belíssimo conto do francês Jean Giono, de 1953, foi realizada por Frédéric Back, considerado por muitos um gênio da arte e da animação.

Conta a estória de Elzeard Bouffier, um pastor de ovelhas que durante anos cultivou uma floresta esplendorosa numa área desértica da França.

O conto é narrado por um jovem viajante (o ator Philippe Noiret, no áudio francês), que um dia encontra este homem nas suas viagens e acompanha a mudança na paisagem no decorrer dos anos.

A beleza calma da paisagem contrasta com a fúria das duas Grandes Guerras que o narrador assiste e o feito notável do pastor oferece um olhar do poder inspirador da natureza e da esperança, que podem emergir no mais improvável dos lugares.

Palavras do autor:
"Para que o caráter de um ser humano revele qualidades realmente excepcionais, é preciso ter a sorte de poder observar as suas ações ao longo de muitos anos."

Se tais ações são desprovidas de todo o egoísmo, se o ideal que as dirige é de uma generosidade ímpar, se é absolutamente certo que não procuraram qualquer recompensa e se, além disso, deixaram marcas visíveis no mundo, estamos então, sem sombra de dúvida, perante um caráter inesquecível."
( Jean Giono )