24/07/2012

Invade me trazendo a reflexão...
Aquieta me, sopra em meus ouvidos com ar cálido...
Aperta me fazendo gemer,
sussurra sonhos que se vão com o vento,
levando folhas da ilusão retornando na estação seguinte...
eu, apenas ouvinte, adoro te silenciosamente
e deixo me cair novamente em redemoinhos de folhas secas
e soltas de sensibilidade que ninguém vê,
ninguém sente, ninguém sabe...
Em mim você esta, em mim permanece,
como sou ser sazonal...
assim te recebo e te deixo ir....
assim dentro de mim te abraço e te desejo
flor e folha seca saindo da alma
voando nos abraços, nos olhares
nas bocas e nas línguas úmidas
na respiração que se mistura
na pele que esquenta, no desejo
que cresce e fenece...
assim te recebo folha de outono,
meu dono, deita no meu trono
faz parte do meu sono...
vem, vem sem destino pro
meu desatino, toma meu corpo
mata minha sede, morde minha boca
entra no meu ser.. ser sua ...ser meu...
ser apenas estação... desejo...
depois dormir nos seus braços
regaço morno, nada mais que isso
e no sono sonhar de voar... gozar
e não mais voltar.

Márcia Raphael
20/03/2012
01:04h

11/07/2012

Necessidades Básicas!

Bom, correr pelada no mato não é minha cara... passar frio, ser picada por insetos, pernilongos, adoro natureza para passear, admirar, mas gosto de conforto, apesar de não ter nenhum, mas preciso mais que simples coisinhas, preciso mais do que tenho sim, isso é certeza, pois o que tenho é insuficiente.

Essa coisa de mínimo não é verdade, pura demagogia, ou em certos casos até hipocrisia. A tecnologia e todas as coisas que o ser humano inventou para sua comodidade é o mínimo que precisamos. Adoro cremes de todos os tipos e aromas, adoro comida boa, poder ter roupas boas e quentes, banho quente em banheiro aquecido, sem vento nas costas.

Geralmente quem tem muito e até além do que precisa, costuma dizer coisas assim, que o ser humano não necessita de muitas coisas materiais para sobreviver, mas coloquem-se no lugar de quem não tem uma casa com laje ou pelo menos um bom forro, que dormem num quarto onde, em noites de chuva forte, nem consegue dormir por causa das goteiras na cama.

Ou em noites de inverno acorda com a cabeça gelada pelo vento que entra pelas frestas do teto sem forro. Tem que levantar de madrugada para tomar remédios para conseguir dormir sem dor de cabeça e acordar bem para mais um dia de trabalho. Tentem dormir com latidos dos cães dos vizinhos a noite toda, pois a casa sem forro é como se todo som estivesse dentro do próprio quarto.

Móveis quebrados, faltando gavetas, camas com colchões que deixam as costelas na madeira, água do chuveiro que nunca esquenta, portas quebradas e que pegam no piso e mal fecham, descargas barulhentas, torneiras que gotejam a noite toda, quintal de terra que o mato cresce sem parar. Buracos por todo canto por onde você pisa, vizinhos que despejam suas sujeiras no seu quintal e mais uma infinidade de outros probleminhas que juntando-os tornam-se um inferno.

Enfim, tudo pode ser mudado claro, mas dizer que alguns seres não precisam de mais para viver é pura ignorância, pois quem não tem quase nada sobrevive de teimoso, dizer que não precisamos de certas coisas pode ser egoísmo, se você tem muito pode achar que não precisa de 3 carros, 8 casas alugadas, 2 chácaras e centenas de pares de sapatos e 250 bolsas, claro, isso é um exagero. Mas nunca podemos afirmar e generalizar, pois só quem não tem o básico sabe o que necessita. 
Márcia Raphael - 112/07/2012.   01:21h

Vídeo maravilhoso!!!